O Narcisismo
Em 1899 Paul Näcke introduziu pela primeira vez o termo “narcisismo” no campo da psiquiatria. Para Närcke seria um estado de amor por si mesmo que constituiria uma nova categoria de perversão.
Provavelmente a primeira menção pública de Freud do termo “narcisismo” se encontra na nota de rodapé acrescida à segunda edição de Três Ensaios sobre a Teoria da Sexualidade (o prefácio traz a data de dezembro de 1909). Ernest Jones relata que em uma reunião da Sociedade Psicanalítica de Viena, a 10 de novembro de 1909, Freud havia declarado que o narcisismo era uma fase intermediaria necessária entre o auto-erotismo e o amor objetal.
Em maio de 1910 no livro “Leonardo” Freud fez uma referencia consideravelmente mais extensa ao narcisismo. Depois se seguiram à análise do Caso Schreber (1911) e Totem e Tabu (1912-1913).
Em 1914 Freud lança seu artigo “Sobre a Introdução do Conceito de Narcisismo”. Esse artigo é um de seus trabalhos mais importantes, podendo ser considerado como um dos fatores centrais na evolução de seus conceitos. Nesse texto é traçada uma nova distinção entre “libido do ego” e “libido objetal”; e é introduzido os conceitos de ‘ideal do ego’ e do agente auto-observador (que constitui a base do que veio a ser descrito como superego em o Eu e o Isso em 1923).
Elia (1992) diz que do ponto de vista da impelência clínica da produção teórica freudiana, foram as psicoses que produziram a teoria do sujeito implicada na teoria do narcisismo.
Freud (1914) diz que a necessidade de discutir sobre um narcisismo primário normal surgiu quando se