O museu de São Miguel de Odrinhas
Entremos no novo Museu Arqueológico de São Miguel de Odrinhas
O Museu Arqueológico de São Miguel de Odrinhas remonta, nas suas origens, a meados do século XVI. Nessa época e por iniciativa de alguns eruditos, entre os quais se terá destacado Francisco d`Ollanda, começou-se a juntar, em torno da ermida local, uma importante coleção de inscrições romanas oriundas dos campos e aldeias circundantes. Em 1955 e após vários séculos de abandono, entendeu a Câmara Municipal de Sintra construir ali uma pequena casa que abrigasse tão significativos monumentos, procedendo ainda à escavação arqueológica e valorização turístico-cultural das ruínas romanas adjacentes.
Hoje a coleção lapidar atinge mais de quatrocentas peças, às quais se vêm somar muitas outras - largos milhares - de diversa tipologia, entre moedas, objetos cerâmicos, líticos, metálicos, osteológicos, etc..O interesse demonstrado por todo o vasto público - turístico, escolar, entre outros - relativamente a este espólio tem sido imenso, apesar das condições precárias em que se encontrava instalado até há pouco.
Cripta etrusca
A presença de três sarcófagos etruscos - os únicos existentes em Portugal - no Museu Arqueológico de São Miguel de Odrinhas é fruto dessa curiosidade erudita pelo passado e pelas suas expressões artísticas. Sir Francis Cook - cidadão britânico que, em meados do séc. XIX, adquiriu a Quinta de Monserrate e a transformou no exuberante parque que hoje conhecemos, em torno de um fantástico palácio de inequívoco sabor oriental - trouxe de Itália três sarcófagos etruscos e com eles ornou escondidos recantos dos seus jardins da Serra de Sintra. Ali permaneceram até tempos recentes, tendo sofrido incontáveis danos por parte de visitantes menos esclarecidos e das intempéries.
Basílica Romana
Perspetival geral da Sala de Epigrafia Latina, designada no Museu como "Basílica Romana"
Cerca do ano 30 a.