O Muro
No conto “O Muro” Pablo Ibbieta, que é narrador desta história, está preso com mais 2 homens, Tom e Juan, no porão frio de um hospital as vésperas de serem executados por causa de motivos políticos.
Cada um dos homens reagia de forma diferente a inevitável morte por fuzilamento que os aguardava. Juan, o mais novo dos prisioneiros, que está preso por causa do envolvimento do irmão com o movimento anarquista, chora, grita e não consegue aceitar seu fim, pois como ele mesmo diz, não tem nenhum envolvimento com política e não deveria ser fuzilado. Sente muito medo de sofrer na hora da morte e tem piedade de si mesmo. A morte não é algo que se pensa nem se espera na juventude, o jovem normalmente pensa que é invencível, imortal, sendo assim, para um adolescente encarar a sua própria morte, exige uma maturidade que ele ainda não tem, aliás, dificilmente alguém atinge o grau de maturidade necessário para aceitar a morte, muitas vezes nem idosos, que nós supomos já estarem preparados pois já viveram bastante, o estão. Tom estava com medo e falava muito sobre a morte, provavelmente para se distrair. E por último, Pablo era o mais racional, apesar de também estar com medo, como mostra na parte em que ele relata estar suando muito apesar de estar em um porão frio no auge do inverno. Pôs se a pensar em sua morte e como ela seria, repensava a sua vida mas de modo pessimista, como se nada que ele tivesse feito valesse a pena pois tinha compreendido agora que a vida não é eterna. A um dia atrás ainda pensava nos momentos bons que viveu quando olhava para o céu, mas agora não sentia saudade de nada, nem mesmo da Concha, pois a morte lhe tirou o encanto de tudo. Mesmo se ele não fosse mais executado, ficaria indiferente, pois como Pablo mesmo diz “algumas horas ou alguns anos de espera dão