O mundo
Na cidade, por exemplo, podem existir práticas e espaços não urbanos, como pequenas chácaras, áreas de horticultura, reservas naturais amplas, entre outras paisagens eminentemente rurais. Da mesma forma, no espaço rural, podem existir espaços urbanos, como a instalação de indústrias, práticas turísticas (como hotéis- fazenda), entre outros casos.
Segundo dados divulgados pela Organização das Nações Unidas, o mundo, pela primeira vez em sua história, é predominantemente urbano, ou seja, a população urbana ultrapassou, ineditamente, a quantidade de pessoas que vivem no campo, o que é fruto do avanço e crescimento do sistema capitalista, com a disseminação dos processos de industrialização, mecanização produtiva e do êxodo rural, que hoje ocorre majoritariamente nos países subdesenvolvidos e emergentes.
O que se percebe, na verdade, é que a grande característica da modernidade é a sobreposição das cidades em relação ao campo. Nas sociedades pré-industriais, o campo é quem determina as práticas das cidades, pois elas são inteiramente dependentes do meio agrário. No entanto, à medida que o capitalismo e a industrialização avançam, mais essa relação inverte-se e é o espaço agrário quem se torna dependente do espaço urbano. Tal fator coloca os estudos sobre o meio urbano no protagonismo dos estudos sobre o espaço geográfico