O mundo
Segundo Rocha, etnocentrismo é uma visão do mundo onde o nosso próprio grupo é tomado como centro de tudo e todos os outros são pensados e sentidos através dos nossos valores, nossos modelos, nossas definições do que é a existência.
O autor conceitua o termo "etnocentrismo", aborda o choque que envolve a descoberta do "outro" e discorre sobre a relativização. De acordo com o autor, o etnocentrismo é a avaliação ou julgamento que um indivíduo ou grupo faz de outro, a partir de seus próprios valores e costumes, sendo o resultado da dificuldade de se lidar com a diferença. Rocha fala também sobre o esforço de compreensão do “outro” em sua realidade, sendo que, cada um possui uma visão diferente do mundo.
Em Primeiros movimentos, mostra o caminho percorrido pela Antropologia para superar a forma etnocêntrica de conceber o "outro", para melhor compreensão desse trajeto, o autor volta no tempo, mais especificamente no séc. XVI e à sensação de perplexidade ocasionada pela descoberta da existência de novos povos e da diferente personalidade. O Evolucionismo Social que está ligado com o Evolucionismo Biológico surgiu dentro da Antropologia, esse, afirmou que o homem está em constante desenvolvimento, sempre tornando-se melhor do que era antes.
O autor menciona sobre o surgimento de teorias que somam à Antropologia novas opiniões e problematizações. Nesse processo ele cita um importante teórico, Franz Boas, que foi o primeiro a defender o estudo dos povos de acordo com suas particularidades: cada sociedade tem sua própria dinâmica e desenvolve de acordo com sua própria lógica.
A Antropologia foi aos poucos adquirindo sua própria identidade e discorre sobre a importância de teóricos como Radcliffe Brown, Émile Durkheim e Malinowski nesse processo. Com Durkheim a sociedade passa ser vista como algo a mais que a soma de indivíduos, ela é um novo ser que influencia, através dos fatos sociais e o comportamento do individuo. Radcliffe-Brown realiza um corte teórico