O movimento operario
Mais tarde, quando surgiu o movimento cartista, os operários ingleses perceberam que o caminho para vencer a opressão e a miséria era o da luta política pela conquista de direitos ou o da disputa pelo poder do Estado.
Na França, o movimento operário adotou formas políticas radicalizadas já em junho de 1848, quando pegou em armas para protestar contra a República liberal-burguesa. Nessa época, as principais forças atuantes entre os trabalhadores franceses eram o socialismo reformista, de Louis Blanc, e o socialismo revolucionário, de Auguste Blanqui. Enquanto o primeiro recomendava a participação dos trabalhadores nas eleições, o segundo acreditava que a única forma de se conquistar a emancipação da classe operária era por meio da luta armada.
Nos Estados germânicos, por sua vez, foi criada a Liga dos Justos, mais tarde Liga dos Comunistas, que, sob a liderança de Karl Marx e Friedrich Engels, teve importante participação na revolução de 1848.
Com a derrota dos revolucionários liberais e democráticos nessa e em outras regiões da Europa, o movimento operário arrefeceu por cerca de dez anos. Voltaria a ganhar força depois de 1860, com a criação da Associação Internacional dos Trabalhadores, ou Primeira Internacional, fundada em Londres em 1864; durante o episódio da Comuna de Paris, em 1871; e com a formação de partidos socialistas na Alemanha (Partido Social Democrata) e na Inglaterra (Partido Trabalhista), no final do século XIX.
Paralelamente às lutas políticas, os trabalhadores levaram adiante também movimentos que reivindicavam melhorias em sua condição de vida e de trabalho. Esses movimentos deram origem a formas de organização coletiva denominadas sindicatos. Na Inglaterra, os sindicatos (trade unions) foram