O movimento hippie
Nos Anos 60 nasceu um novo modo de viver, sonhar e morrer, no qual o que importava era a revolução em beneficio do homem, em nome da liberdade.
Nesta onda surgiu a proposta do movimento hippie, diversa e ampla, que buscava um questionamento existencial muito abrangente, que ia além das considerações econômicas, sociais e políticas: visava ao ser integral em face da vida e do mundo.
Os hippies adotavam um modo de vida comunitário, ou de vida nômade, em comunhão com a natureza, viviam do artesanato e, no campo, da horta.
Negavam todas as guerras, os valores sociais e morais tradicionais e abraçavam aspectos das religiões orientais, e/ou das religiões das culturas indígenas, estavam em desacordo com valores tradicionais da classe média e das economias capitalistas e totalitárias.Os hippies defendiam o amor livre e a não violência. O lema "Paz e Amor" sintetiza bem a postura política dos hippies, que constituíram um movimento por direitos civis, igualdade e anti-militarismo nos moldes da luta de Gandhi e Martin Luther King, embora não tão organizadamente, mantendo uma postura mais anárquica do que anarquista propriamente, neste sentido.Como grupo, os hippies tendem a viver em comunidades coletivistas ou de forma nômade, vivendo e produzindo independentemente dos mercados formais, usam cabelos e barbas mais compridos. Muita gente não associada à contracultura considerava os cabelos compridos uma ofensa, em parte por causa da atitude iconoclasta dos hippies, às vezes por acharem "anti-higiênicos" ou os considerarem "coisa de mulher".
No Brasil, o movimento teve uma expressão diferente devido à repressão da Ditadura Militar. Havia muita perseguição policial contra os “cabeludos” e os músicos. A maior expressão foi o Tropicalismo, movimento cultural do final dos anos