O monge e o executivo
UMA HISTÓRIA SOBRE A ESSÊNCIA DA LIDERANÇA
CAPÍTULO QUATRO
O VERBO
Não tenho necessariamente que gostar de meus jogadores e sócios, mas como líder devo amá-los. O amor é lealdade, o amor é trabalho de equipe, o amor respeita a dignidade e a individualidade. Esta é a força de qualquer organização. – VINCE LOMBARDI
ERAM QUATRO HORAS de uma manhã de quarta-feira e eu estava totalmente desperto na cama, olhando para o teto. Embora estivéssemos na metade da semana, parecia que o tempo não passara e que eu acabara de chegar. Na mesma proporção em que o sargento me irritava, eu estava especialmente impressionado com o nível de meus companheiros de retiro e achava as palestras fascinantes, a região bonita e a comida excelente.
Acima de tudo, estava intrigado com Simeão. Ele era mestre em facilitar as discussões em grupo e extrair pensamentos interessantes de cada participante. Os princípios que discutíamos, apesar de bastante simples e às vezes quase óbvios, eram profundos a ponto de me manterem acordado à noite.
Sempre que eu falava com Simeão, ele parecia prestar atenção a cada palavra, o que me fazia sentir valorizado e importante. Era mestre em avaliar situações, analisá-las rapidamente e chegar ao âmago da questão. Quando desafiado, nunca ficava na defensiva, e eu estava convencido de que ele era o ser humano mais seguro que eu jamais conhecera. Eu me sentia grato por ele não me impor sua religião ou outras crenças, mas nem nesse aspecto Simeão era passivo. Ele expunha claramente sua posição a respeito das coisas. Sua natureza era gentil e apaziguadora, ele tinha um sorriso permanente e um brilho nos olhos que transmitia uma verdadeira alegria de viver.
Mas o que eu iria aprender com Simeão? Meu sonho recorrente continuava a me perturbar: "Encontre Simeão e ouça-o!" Haveria alguma razão ou propósito maior para eu estar ali, como Rachel e Simeão acreditavam? Então, qual seria ela?
Como a semana iria acabar