O Modelo De Newcombe
Este modelo introduz o papel das relações sociais e do seu equilíbrio nos processos comunicacionais. Para Newcombe este papel é simples - consiste na manutenção de equilíbrio no interior do sistema.
Representação esquemática do modelo comunicacional de Newcombe Se o A e o B forem amigos, e se o X é algo ou alguém conhecido de ambos, será importante que A e B tenham atitudes semelhantes relativamente a X. Se assim for, o sistema está em equilíbrio. X pode não ser uma coisa ou uma pessoa: pode ser qualquer referência partilhada pelos dois elementos A e B, (partido político, clube de futebol, religião, etc.).
Por exemplo, podemos pensar que dois amigos, um do Benfica e outro do Porto dificilmente poderão ver um clássico juntos, isto porque o tema futebol têm convicções diferentes, potenciadoras de eventuais conflitos. Apesar disso conhecem-se casos de indivíduos de clubes diferentes que assistem aos jogos juntos. A comunicação pode tornar-se assim possível se um dos amigos modificar a sua posição de modo a aproximar-se do ponto de vista do outro. Naturalmente que podem ser os dois amigos a modificarem as suas posições até uma plataforma de entendimento.
Percebe-se assim melhor a razão porque este modelo é conhecido como um modelo de equilíbrio de relações sociais.
A utilização dos ensinamentos que este modelo nos proporciona na gestão de grupos é extremamente importante. O equilíbrio do grupo passa pela gestão do posicionamento e da flexibilidade que cada membro do grupo consegue ter face a posições divergentes de outros.
Este modelo não dá tanta importância aos elementos que compõe o acto comunicacional, mas sim aos elementos que facilitam essa comunicação e desta forma conseguem manter o equilíbrio social.