O mito da caverna
Imagine uma caverna subterrânea; lá, estão homens prisioneiros, acorrentados pelas pernas e pescoço desde a sua infância. Por esta razão devem permanecer imóveis, olhando só para a frente. A caverna é levemente iluminada por uma clareira. Do lado de fora, titeriteiros manipulam objetos variados que projetam nas paredes da caverna, sombras de bonecos de homens, figuras de animais feitos de pedra e outros objetos de madeiras e outros materiais variados. Ao longo de sua vida, os prisioneiros só puderam contemplar sombras projetadas nas paredes da caverna, seus companheiros e as vozes emitidas de fora, dos homens que conversam entre si.
A metáfora apresentada pelo autor mostra-nos que quando somos cerceados do conhecimento, tornamo-nos "prisioneiros" das "verdades" imputadas a nós. A representação distorcida da realidade é absorvida pelos nossos sentidos como única realidade. A separação do homem em relação ao mundo real representa para Marx a "alienação social" ? um modo de estranhamento entre os homens e entre as coisas. Através dela, apenas a representação da realidade prevalece sobre a sua verdadeira realidade. Isso nos leva a refletir que o homem que vive das representações sociais e materiais ? da ideologia ? é um "prisioneiro" de uma classe manipulatória que projeta "imagens" (idéias, concepções de mundo em geral) que atendam aos seus interesses.
É dada a oportunidade para que um dos prisioneiros seja libertado das correntes. Inicialmente ele