O MITO DA CAVERNA
Platão escreveu o Mito da Caverna, na forma de diálogo, onde os personagens eram Sócrates e Glauco.
Durante o diálogo, Sócrates pede a Glauco que imagine uma caverna subterrânea, morada de três indivíduos que jamais puderam conhecer o lado exterior.
Os três prisioneiros estariam de costas para a entrada da caverna e algemados, de forma que não poderiam mover a cabeça ou o corpo, e portanto só enxergariam a parede da caverna oposta à entrada. Na porta haveria uma fogueira que projetaria sombras de pessoas e objetos na parede da caverna, e os prisioneiros julgavam-nas parte da realidade. Os sons que vinham do exterior seriam projetados dentro da caverna em forma de eco, o que também era considerado real. Supõe, ainda, que se por alguma circunstância os prisioneiros saíssem de sua morada, ficariam a princípio céticos, e após alguns momentos satisfeitos por terem descoberto uma “outra realidade”. Seguida desta satisfação, viria o desejo de compartilhar a descoberta com os demais prisioneiros, que muito provavelmente considerariam uma ilusão cômica e sem sentido.
Sócrates então faz uma comparação entre aquela situação e a nossa realidade, num sentido figurado e representativo, ao mesmo tempo analisando o comportamento humano diante do que se julga como “realidade”.
Ao relatar a estória dos três prisioneiros na caverna, Platão faz uma análise crítica e minuciosa do comportamento humano, ao mesmo tempo em que chama atenção para o que se considera como “conceito de realidade”. O leitor, então, sente-se motivado involuntariamente a uma reflexão sobre o sentido aplicado no mito em forma de figuras, como a fogueira, as sombras e os prisioneiros. Para interpretá-las, é possível exemplificar uma série de significados: a mídia, os grupos sociais pertencentes dos indivíduos, o Governo, a Igreja, entre outros. Os indivíduos seriam os aprisionados no seu “próprio mundo” (a caverna) e as sombras seriam a “falsa realidade” do que se projetava através da