O mito da caverna
1. Resumo
O Mito da Caverna é o capítulo VII do livro A República, de Platão. O livro é todo desenvolvido em diálogos entre Glauco e Sócrates; Platão expõe as suas principais ideias de como seria o governo e o governante perfeito, através deles. E apesar de todo esse ‘projeto’ de dirigentes ideais e racionais, e de ser o protótipo de gestão política ideal, tudo isso não passa de uma utopia, criada por Platão.
O capítulo VII do livro retrata a vida de um grupo de pessoas aprisionadas na escuridão de uma caverna, onde existe apenas uma pequena luminosidade, que provém de uma fogueira na extremidade desta. Os prisioneiros apenas conhecem o que eles podem ver daquela condição em que se encontram, ou seja, eles apenas vêem as sombras das pessoas, dos animais e dos objetos carregados diante daquela fogueira, que reflete na parede a frente deles. E acreditam que o que eles enxergam é a realidade, que é apenas aquilo é o que existe, é como se fosse uma delimitação feita por eles do que é o mundo real.
Então, um dos prisioneiros consegue se libertar dos grilhões que o prendem na escuridão da caverna e vai para a luz. Quando ele encontra-se fora da caverna, os seus olhos cegam-se com a claridade, e posteriormente ele torna-se céptico, pois ele não sabe mais o que é a realidade, se é aquele lugar magnífico e iluminado que ele acabou de conhecer ou se é a caverna escura, onde viveu grande parte de sua vida. Mas ao mesmo tempo em que ele encontra-se incrédulo, ele está deslumbrado com a beleza e a luz da nova e verdadeira realidade. Ele fica absorto contemplando os reflexos no rio, as árvores, os animais, as estrelas e principalmente o sol. Depois de refletir sobre todos os ‘conhecimentos’ que ele obteve no mundo exterior, ele lembra-se de sua primeira morada e dos seus companheiros de escravidão e da ideia que lá se tinha sobre a realidade e a sabedoria, e pensa que ele teve sorte por ter sofrido essa