o mistério da consciência
Mistério não é algo que nós não entendemos. Mistério é algo do qual nós não entendemos tudo. Mas podemos entender parte dele, ir penetrando nele aos poucos. Sabendo, contudo, que nunca chegaremos lá, ao âmago da questão.
O mistério é sempre invisível, intocável, inefável. É o que não pode ser visto, o que não pode ser tocado, do qual não se pode falar. Ele é atingível sem as medições do ver, de nele tocar, oi dele, falar.
Existem muitas acepções, muitos sentidos, do termo consciência. Os religiosos costumam definir consciência como se fosse “uma lei escrita por Deus em seu coração.. . o núcleo secretíssimo e o sacrário do homem”. Consciência é tomada como algo fenomelógico, sim, mas algo dado.
Do ponto de vista da Psicologia Social poderíamos dizer que nós somos, até certo ponto, o que fizeram de nós. Ninguém de nós caiu pronto do céu, ou é geração espontânea. Nós somos, para inicio de reflexão, o que nossos pais, nossos amigos, a escola, a igreja, os meios de comunicação etc, fizeram de nós.
A consciência é, portanto, um processo infinito, de busca e de consecução de respostas. Vamos crescendo em consciência na medida em que conseguimos respostas.
Duas coisas importantes, para não esquecer.
Segue-se disso que quem não pergunta quem não faz pergunta, não tem consciência, que é um modo de discutir consciência.
Que a consciência é sempre internacional, quer dizer, é sempre consciência de alguma coisa.
A consciência não é um entezinho que está lá dentro de nossa cabeça. Ela começa a ser consciência á medida que consigo respostas de algo.
EXEMPLO: eu não posso ter consciência de você, se você não existisse, eu não poderia ter consciência de você. Nesse sentido, você é parte de minha consciência no momento em que nos damos a conhecer.
A duas situações bem distintas.
Onde você faz a pergunta, você é autor, sujeito, ser ativo, capaz de elaborar o contexto cultural/histórico;
Onde “enfiam” coisas em sua cabeça, você é objeto,