O enigma da vida
Certamente já nos perguntamos algum dia qual o sentido da vida?
Lembro quando eu ainda era criança, esta pergunta sempre me vinha a mente. Não conseguia saber a resposta. Imaginava que quando eu crescesse, as coisas ficariam mais claras e saberia a resposta. O tempo foi passando, fui crescendo, amadurecendo, mas até este momento eu ainda não sei definir o mistério da vida.
Imagino que o mesmo sentimento acontece com vocês também.
Vivemos, sofremos, existimos, experimentamos momentos de fugaz prazer interpolados com momentos de pânico total e no fim de tudo morremos. Porquê? Para quê? Que mistério terrível há nisto a que chamamos vida e que muitas vezes não passa da imitação de uma qualquer felicidade prometida mas nunca alcançada? Será obsessão humana a procura de um sentido para as coisas e principalmente para nós mesmos ou apenas um passatempo de quem exige que haja respostas até para as questões mais impossíveis? Pensamos que tudo gira à nossa volta e que somos o umbigo do universo mas acabamos por nos dar conta de que somos dispensáveis como se fossemos um objeto valioso que é substituído por outro com mais utilidade. Não será melhor deixar de pensar e deixar que as coisas nos aconteçam? Não será mais fácil acreditar que somos aquilo que o destino quer que sejamos, as eternas crianças nas mãos de divindades inomináveis?
A questão do sentido da existência, essa procura por algo que nos justifica aos nossos próprios olhos parece ser uma tarefa própria do domínio religioso e bastar-nos-ia escolher entre as várias "receitas" aquela que mais se ajusta às nossas preferências. Porém nem só o homem religioso se preocupa em dar um sentido à sua vida. Todos os homens necessitam de encontrar o sentido da sua existência sob pena de se assemelharem a autômatos, invólucros ocos, casulos sem conteúdo.
Muitas vezes as seguintes perguntas nos vêm a mente: “Que é a vida?” ”Para que ela serve?” “Qual a sua finalidade?” Seguem-se a estas, outras não