O mercado dos violões
A chegada em grande escala dos violões chineses ao mercado nacional, a partir de 2004, fez com que a participação do violão nas vendas subisse de 30% para 50% em alguns comércios.
Se de um lado lojistas e importadoras ganharam com a novidade, fabricantes tiveram de buscar estratégias para sobreviver. Alguns não resistiram e fecharam as portas. Entre os que permanecem na briga cada vez mais acirrada, focar em produtos de maior qualidade ou passar a importar foi às alternativas encontradas.
É o caso da Tagima Brasil, por exemplo, que desde 1994 fabrica guitarras e contrabaixos e, em 2004, passou a importar violões. O que atraiu a empresa foi o mercado em expansão, decorrente dos melhores preços vindos de fora, além da possibilidade de expandir a linha de produtos oferecidos aos clientes. Hoje, o instrumento representa 50% tanto das vendas como do faturamento.
"Optamos por diversificar e ampliar o leque por meio da importação. Além de economicamente viável, ela oferece condições de trazer para cá produtos com qualidade", explica o proprietário da empresa, Ney Nakamura.
Nakamura acredita que a demanda por violões é grande pela facilidade de se tocar o instrumento, uma vez que ele não precisa de amplificador. "A entrada do violão beneficiou muito nossos negócios. Seria um absurdo ter mantido a empresa somente com base na fabricação de guitarras e contrabaixos", diz. O crescimento da empresa foi em torno de 30% a 40% no ano passado. Em 2004, antes da chegada do violão, a expansão girava em torno de 20% ao ano. Hoje, 85% dos negócios