O meio ambiente
Quarta-feira, 3 de Agosto de 2011 by Fernando Marcos Nhantumbo | 1 comentários
Por:
Fernando Marcos Nhantumbo
Resumo
O presente artigo discute a questão da personalidade africana na negritude na visão do filósofo moçambicano Severino Ngoenha (1993) que apresenta os defensores e críticos da negritude. Ao longo do trabalho procura-se entender os pontos de convergência e de oposição entre os dois conceitos. Senghor vê a negritude como um movimento de protesto contra a submissão do negro. Os seus críticos como é o caso de Blyden, afirma que a raça africana tinha uma história que não devia ser procurada apenas no passado, esta posição é secundada pelo Nkrumah, acrescentando que a história de África não devia ser analisada à luz de movimentos pan-negros, mas sim numa dimensão geopolítica continental rumo à união africana. Sartre contentava-se apenas com o princípio e não com a proveniência da negritude, numa alusão ao contexto da diáspora e elitismo que caracterizou este movimento. Por sua vez Fanon acusava a negritude de elitista e desenraizada da realidade africana. Jahn, um outro crítico, via a negritude como um regresso à tradição ancestral de África e Soynka não via a negritude como confrontação racial mas como uma confrontação moral, para ele a negritude era elitista continuadora do intelectualismo francês e não resolvia o problema dos africanos. Todos os critico de Senghor defendiam que a África tinha um passado com uma base cultura sólida que devia ser respeitada e eram favoráveis de um socialismo africano. O presente artigo é apresentado em duas partes: Parte I que relata o debate filosófico argumentado a oposição entre o conceito de personalidade africana e o conceito da negritude por último, a parte II que de forma resumida o autor deste artigo apresenta o seu ponto de vista, olhando para os pontos de convergência e oposição entre os dois conceitos.
Palavras-chave: personalidade