O MEDO DA MORTE VIOLENTA INDICA FRAQUEZA DO ESTADO
Abnaldo Ramos2
Thomas Hobbes afirma que o Estado existe para a opressão. O Estado se faz de forte, na tentativa de dominar os fracos, conforme define Trazimaco. Mesmo os
Estados democráticos de direito existem para a opressão dos cidadãos, onde as pessoas são obrigadas a submeter-se à lógica econômica, política, social e educacional. Quanto maior for a dependência das pessoas, maior será a sua submissão, pois formar cidadãos sempre foi o mesmo que civilizá-los, colonizá-los, submetê-los à ordem vigente, qual seja, formá-los é tirar-lhes boa parte de sua autonomia.
O brasileiro em geral têm a sensação de estar no estado de natureza, posto que o medo da morte é uma das principais características do estado de natureza e está presente na vida dos brasileiros. A igualdade natural entre os homens leva ao desejo pelas mesmas coisas, que pela força corporal ou pela inteligência os tornam inimigos ou competidores, desencadeando a desconfiança e a antecipação, que leva a guerra de todos contra todos. Embora, pelo menos em tese, o brasileiro pode até não estar no estado de natureza, posto que existem as leis e o Estado para protegê-los e dar-lhes segurança. Os dados apresentados pelo IPEA (Instituto de pesquisas econômicas aplicadas) em 2011 indica a percepção da população brasileira a respeito de segurança pública, inclusive o
“Medo de assassinato por região do Brasil”.
Embora os homens tenham o desejo de uma vida pacífica, quando Hobbes fala dos homens no estado de natureza ou no estado civil, infere que o Estado tem a responsabilidade de controlar as paixões manifestadas no estado de natureza, que se forem freqüentes, colocariam os homens no estágio de guerra de todos contra todos. As leis que obrigam aos cumprimentos dos contratos, que aponta que os homens sejam úteis aos demais, sejam misericordiosos, concedendo o perdão a quem o pede e ainda que seja humilde, reconhecendo o mesmo direito a