O Mal-Estar Na Civilização (resumo)
O Mal-Estar na Civilização, escrito por Sigmund Freud, apresenta como idéia principal a discussão da repressão que é imposta pela sociedade. Nesse meio social repressivo ao qual o autor se refere, cada indivíduo está exposto a uma espécie de policiamento, e essa alienação diante das regras inibe o desenvolvimento do ser humano. Como o instinto humano é, naturalmente, agressivo, ao se libertar desse sistema repressivo, a tendência é a destruição do meio em que vive. O desenvolvimento do indivíduo, bem como da civilização da qual faz parte, somente são possíveis a partir do controle das pressões impostas ao homem.
A vida de cada um é regida por dois princípios que se conflitam, o princípio do prazer e o princípio da realidade, que também podem ser chamados de instinto de vida e instinto de morte. Enquanto que o instinto de vida tem como fundamento interagir na civilização de forma a aproximar os indivíduos, trabalhando em favor da vida comunitária, o instinto de morte age de forma oposta, ou seja, contra a civilização. Por encontrar-se alienado ao meio em que pertence, diante das imposições de uma sociedade repressiva, e sem a possibilidade de um ambiente que permita a total liberdade, o ser humano não encontra possibilidades de concretização da felicidade, entendida como a liberação das energias instintivas. Nada supera a felicidade em seu âmago, contudo a plenitude não existe, somente alguns momentos de satisfação temporária, conseqüência dos impulsos, sobretudo sexuais. Embora seja um animal racional, essa característica instintiva aproxima o homem de qualquer outra espécie, independente da escala a que pertença.
Diante do conflito que se estabelece entre o princípio do prazer e o princípio da realidade, várias análises podem ser