O Maior Desafio Das IFRS
Desde as primeiras discussões a respeito da globalização da contabilidade (e dos relatórios financeiros) as IFRSs disputam espaço precioso com o USGAAP – seu maior desafio
As normas internacionais de relatórios financeiros (IFRS na sigla em inglês) encontraram obstáculos na sua implementação em alguns países – alguns destes obstáculos maiores que outros. No Japão, por exemplo, a implementação não foi simples – as normas japonesas eram bastante restritivas e, visando a globalização da contabilidade e dos relatórios financeiros, o
Japão cedeu e mudou partes relevantes de suas antigas normas. Na Europa, muitas empresas tinham interpretações diversas das antigas normas de seus respectivos países, e a adoção das
IFRSs em seus balanços consolidados ocorreu de forma menos "dolorosa", embora não menos
"trabalhosa". No Brasil, mudamos a legislação, a antiga "Lei das S/A", e iniciamos um processo contínuo de emissão e revisão de pronunciamentos e interpretações técnicas, através do Comitê de Pronunciamentos Contábeis (CPC).
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Quando o maior mercado de capitais do mundo – os Estados Unidos, iniciou as discussões sobre uma possível adoção das IFRSs, reuniões entre os Boards começaram a acontecer. Por um lado o
FASB (Financial Accounting Standards Board) – órgão responsável pela emissão das normas técnicas nos Estados Unidos, e por outro o IASB (International Accounting Standards Board) – órgão responsável pela emissão das normas internacionais. Desde 2007 a SEC (Securities
Exchange Commission – equivalente americana da CVM brasileira) aceita que as empresas estrangeiras listadas no mercado americano arquivem suas demonstrações financeiras de acordo com os padrões internacionais, sem a necessidade de reconciliação com o USGAAP. Destas reuniões, muito aprendizado, algumas normas revisadas e melhoradas, mas especificamente em relação aos Estados Unidos adotarem as normas internacionais, a evolução não foi como se esperava. Uma das maiores