O lúdico e o ecológico no carnaval da estação
Aos refrões de Bandeira Branca (Max Nunes / Laércio Alves), Festa no Interior (Moraes Moreira),Cachaça Não É Água (Antonio dos Santos), Cabeleira do Zezé (João Roberto Kelly ), entre outras marchinhas de carnaval interpretadas por Théo Pérola Negra e a banda de fanfarra, mais de 1,2 mil brincantes lotaram o Boulevard das Feiras e Eventos, da Estação das Docas, na noite do sábado (5) com o Carnaval Ecológico para Crianças, uma realização da Organização Social Pará 2000, Secretaria de Estado de Cultura e Governo do Estado.
A festa teve início às 17h30, com o cortejo do Boi Veludinho pelos espaços da Estação, convidado o público para o carnaval infantil, suspenso no ano passado, e que este ano contou com a parceria da ONG No Olhar, para a oficina de máscaras de carnaval a partir de garrafas de PET e pinturas no rosto com motivos da fauna amazônica, ambas gratuitas. “Prefiro as máscaras de plástico. As máscaras de papel se rasgam com facilidade. Agora sei que uma garrafa de plástico pode levar até cem anos para se decompor”, explicou Camile Keylle, de oito anos. A partir de garrafas de pet, papelão, tecido reaproveitado, cola glitter e elásticos, as crianças participavam da oficina montada na Estação das Docas, numa variação de temas, texturas e cores, brincando o carnaval com o conceito de sustentabilidade. “O nosso trabalho não tem apenas o caráter didático. Não estamos interessados em simplesmente entregar as máscaras, mas lançar idéias de reaproveitamento dos materiais por meio da interatividade”, destacou Marcos Wilson, um dos coordenadores da ONG No Olhar.
Crianças fantasiadas de fadas, columbinas, vampiros e super-heróis, também fizeram fila para a aplicação de pinturas no rosto, com traços de onças, borboletas, sapos, entre outras técnicas inspiradas nos animais amazônicos, sob o domínio manual do instrutor Sandro Pardal: “A consciência da fauna e da flora deve começar desde cedo. As crianças assimilam bem