O lugar do espaço público em Maringá
Atividade: Reflexão sobre o Simpósio de Administração Compartilhada de Espaços Urbanos, Maringá, 30/ago/2010.
O lugar do espaço público em Maringá
A cidade – o fenômeno urbano
Em origem, as cidades são reveladoras da modernidade humana. É o momento da história em que as pessoas saem de uma condição da vida no campo e se organizam em estruturas organizadas de forma mais complexa em relação às estruturas sociais e econômicas que permeiam a vida rural, berço da civilidade humana. Os estudos trazem por referência a representação e dicotomia do moderno ‘a cidade’ (as urbs) e o tradicional ‘o campo’ (o rústico). É na cidade que, segundo Weber, se configura o lócus da relação de dominação. Nesse sentido, sua criação traz em si diferentes e diversificadas formas, tamanhos e funções.
Em razão de suas especificidades de constituição e das relações que nela se estabelece a cidade enquanto ‘espaço moderno’ oferece, principalmente para a sociologia, um local de busca e eventuais explicações para a compreensão desse fenômeno social coletivo – a vida urbana permeada pelos conflitos, ansiedades, desejos, que reflete as formas coletivas de existência e onde se dão as práticas de vida do homem moderno.
As cidades mostram um espaço emergente de se viver ‘modermo’ e abre oportunidades de se (re)conhecer para mais além das estruturas (tradicionais) sociais, de suas formas políticas ou econômicas (FREITAG, 2006).
Estudos e intervenções urbanas podem mostrar os infinitos elementos formadores e estratégicos entre o público e o privado, por exemplo, como se criam e se consolidam seus espaços, qual o modelo de organização política de determinada sociedade e de como esses processos produzem inflexões nas cidades e em seus habitantes.
Pode se perceber as cidades como um “estado de espírito”, como o fez Simmel1 (1979) em seus estudos das metrópoles ao final do séc. XIX. As cidades (grandes) representam para Simmel a