O Livro do Profeta Jonas
ÉPOCA
O profeta Jonas também é mencionado em 2 Reis 14:25. Nesta época Jeroboão II reinava em Israel no século VIII a.C. Isto o coloca no momento da recuperação econômica e política do “Reino do Norte”. Portanto Jonas é contemporâneo de Amós e Oseias.
LOCAL
A atividade profética de Jonas não ficou restrita apenas a Nínive, pois, ainda de acordo com o texto de 2 Reis 14:25, ele também havia falado sobre a recuperação político-econômica de Israel; portanto, uma profecia de cunho nacionalista.
Esta recuperação foi possível em virtude do declínio da dominação Assíria (Nínive era a capital assíria), que deu espaço para Jeroboão II repatriar os territórios que pertenceram a Israel nos tempos de Davi e Salomão. Posteriormente, no final do século VIII a.C., a Assíria retomaria seu poderio militar e levaria o Reino do Norte ao fim.
AUTORIA
Em relação à autoria, o livro de Jonas é contestado em razão dos seguintes fatores: o autor não é apontado no livro a redação em terceira pessoa
O livro é também contestado em relação à sua veracidade. Os relatos do grande peixe e o crescimento acelerado da planta que abrigou Jonas levam muitos eruditos a considerá-lo uma alegoria ou parábola, isto é, os fatos históricos não existiram de fato, mas foram redigidos a fim de ensinarem uma moral. Entretanto, esta conclusão não se sustenta em virtude principalmente da citação do profeta por Jesus em Mateus 12:40-41; portanto, se a historicidade da narrativa de Jonas for lendária, a ressurreição de Jesus também o é.
ESTRUTURA DE JONAS
O livro de Jonas pode ser dividido literariamente da seguinte forma:
O chamado de Deus e a fuga de Jonas – 1:1-16
A graça de Deus aplicada a Jonas – 1:17 – 2:10
O chamado de Deus e a pregação de Jonas – 3:1-9
A graça de Deus aplicada à cidade de Nínive – 3:10 – 4:5
O direito de Deus à compaixão –