Denzel Washington interpreta Eli, um homem misterioso que sabe tomar conta de sim mesmo e tem habilidades de sobrevivência, artes marciais e armas de fogo. Fica bem nítido desde o começo do filme o quanto Eli se distancia metaforicamente e fisicamente das outras pessoas que tentam sobreviver a um mundo pós-apocalipse da maneira que encontram, uns caçando animais outros virando canibais. No meio do caminho de sua peregrinação para levar o exemplar da bíblia a um local seguro, Eli encontra o personagem de Gary Oldman (Carnegie) e é aí que as coisas começam a ficar mais interessantes e complicadas. Carnegie é o líder de uma pequena cidade e um visionário ultra-direitista com todas as características peculiares, ele quer a bíblia para formar o inconsciente coletivo dos habitantes da cidade e outros mais através da religião. O filme propõe enfoques diferentes sobre como a religião pode ser usada para manipular as pessoas e como também pode servir de consolo em tempos de turbulência, sendo assim encarnados pelos personagens Carnegie e Eli, mas ao mesmo tempo que essa característica difere um do outro, por outro lado eles tem algo em comum, ambos nasceram e cresceram em um mundo em que não existe mais, fazem parte de uma geração do passado visto que a história é contada a partir de 30 anos depois do mundo ter se destruído e os recursos naturais terem se escassado, sendo assim eles estão separados mentalmente das outras pessoas que não conheceram escolas, igrejas, hospitais e demais instituições que sempre foram básicas e que agora são apenas itens da memorabilia de alguém. O filme levanta questões sobre a religião, crítica social mas acima de tudo é sobre o que as pessoas fazem pelo fanatismo e o quanto elas estão dispostas a sacrificar em prol da sua