O LIVRO DE ELI. Direção: Albert Hughes e Allen Hughes. Intérpretes: DenzelWashington, Mila Kunis, Michael Gambon, Jennifer Beals, Gary Oldman, EvanJones, Ray Stevenson. s.l.Sony Pictures, 2010. DVD. 118m.Resenhado por: Sandi Rieger Conhecimento é poder: poder de produzir, de prever e de prevenir. Poder éuma palavra incrivelmente emocional e diante dela são infinitas as nossas reações.O poder como um ato de sabedoria, e não como instrumento para manipular pessoas, é a capacidade e habilidade de mudar as nossas vidas. Aplicar esseconhecimento em benefício da humanidade é sabedoria. Conhecimento e sabedoriasão os dois principais pilares de um futuro comum melhor. Nisso, o filme “O livro deEli”, dirigido pelos irmãos Hughes e tendo Denzel Washington como ator principal,apresenta essa questão.Os diretores são produtores, também, do filme “Do Inferno”. Seus filmes têmcomo característica marcante, a violência e o poder.Em “O livro de Eli”, um homem solitário, chamado Eli (Denzel Washington),caminha há 30 anos, em direção ao oeste, com a certeza de que carrega um livroque ajudará na reconstrução da humanidade, pois a Terra fora devastada após umaexplosão. O mundo ficou em ruínas, sofre escassez de alimentos, de água e valores,semelhante ao filme “Mad Max”. Retornamos ao canibalismo, à falta de higiene e àlocomoção precária. Não existe dinheiro e os negócios são realizados peloescambo. Aqui, os irmãos Hughes surpreendem com um filme quase em preto ebranco para realçar o sentimento de um mundo sem vida.Eli chega a uma cidade, no estilo do velho oeste, dominada por Carnegie,controlador da água potável e que vive uma obsessão: encontrar um livro, a Bíblia.O livro que lhe trará o poder sobre as pessoas, conforme ele mesmo diz “não é aporra de um livro, é uma arma sobre a mente fraca”. Os diretores usaram como livro,a Bíblia, porque ela é o símbolo do conhecimento humano e a sua palavra é muitousada como meio de manipular as pessoas. Isso é o que presenciamos em