O litígio de silverstein
No dia 11 de setembro de 2001, residentes da ilha de Manhattan, em New York, testemunharam a colisão de um avião Boeing, da American Airlines, na Torre Norte do Complexo Word Trade Center, às 8 horas e 46 minutos. Apenas 16 minutos depois, quando a mídia já cobria amplamente o fato, o mundo pôde assistir um avião similar, da mesma companhia área, acertar em cheio a Torre Sul, e é fato notório que antes das 11 horas ambas as Torres se achavam totalmente destruídas abaixo da nuvem de poeira que chocou aos cidadãos do Mundo, atônitos ante o cruel ataque terrorista que radicais islâmicos direcionaram a um símbolo do centro financeiro do mundo.
O complexo que abrange as Torres Gêmeas estava arrendando, na ocasião, pelo prazo de 99 anos, pelo grupo de investimentos imobiliários chefiado pelo empresário Larry Silvertein, que através da Willis Group Holding Ltd. – grande corretora de seguros, especializada na cobertura de valiosas propriedades comerciais – conseguiu viabilizar a subscrição de apólices de seguro no valor total de 3,55 bilhões, em operação que envolveu conhecidas companhias, tais como a Suiss RE, a Travelers, a Allianz, e corriqueiras operações de resseguro, diante dos elevados valores envolvidos.
Silverstein sustentou que teriam ocorridos dois eventos resultando na destruição das Torres Gêmeas, apontando que duas colisões de aviões ocorreram e dois desabamentos se seguiram, sempre frisando os fatos no aspecto físico, pretendendo com isso garantir recebimento em dobro da indenização estabelecida em contrato de seguro, a estabelecer que na consumação de cada “occurrence” as seguradoras haveriam de arcar com o pagamento da referida indenização de 3,55 bilhões.
Contudo, as seguradoras, de seu lado, sustentavam, em apertada síntese, que todo complexo de atos ocorridos no referido dia 11 de setembro se resumia a uma única trama, a um único plano, que se desencadeou visando único evento, ou seja, a destruição do complexo, que seria,