O júri
Em algum lugar do planeta, uma criança está nascendo com uma deficiência. Talvez a cegueira, que tornará um mistério por toda uma vida. Ou talvez, a surdez, tornando muito difícil o conhecimento do barulho ou a maravilha de uma linda sinfonia. Talvez a paralisia cerebral negue a esta criança a experiência de correr contra o vento ou tornar-se um atleta. Pode haver uma lesão no cérebro, o que terá um efeito sutil e disfarçado sobre o comportamento e o aprendizado futuros, ou ocasionará um irreparável retardamento mental. Porém, problemas de nascimento não são os únicos responsáveis pelas deficiências. Neste momento, também uma criança ou adulto está sendo vítima de um acidente, seja no trânsito, ou até mesmo escorregando no banheiro. Ou sendo atingido na cabeça por uma bola ao brincar com amigos; ou talvez, sendo vítima de alguma doença causadora de algum tipo de deficiência. Uma deficiência não é algo desejável, e não há razões para se pensar no contrário. Na maioria das vezes, causará demasiado sofrimento, desconforto, embaraço, lágrimas, confusão, olhares mais atentos do grupo e muito tempo e dinheiro. E, no entanto, a cada momento que passa, indivíduos nascem deficientes ou adquirem esta condição. Os deficientes são pessoas antes de tudo e que têm o mesmo direito à auto-realização que quaisquer outras pessoas; cada um obedecendo ao seu ritmo, à sua maneira e por seus próprios meios. Somente eles podem superar suas dificuldades e encontrar a si mesmos. Possuem a mesma necessidade de amar e serem amados, de aprender, compartilhar, crescer e experimentar no mesmo mundo que todas as outras pessoas. Faz-se necessário dar a oportunidade de poderem vivenciar suas próprias experiências. A educação de crianças e jovens com deficiência vem sofrendo profundas mudanças nas últimas décadas. Procedimentos muito empregados durante um período de tempo