O julgamento de Nuremberg e os Direitos Humanos
Bárbara Daniel
A segunda guerra mundial iniciou em 1939 com a invasão do exército alemão na Polônia, terminando somente em 1945 com a vitória do Aliados (EUA, França, URS e Inglaterra). Um dos principais motivos para a eclosão da segunda guerra foi a crise econômica no início da década de 1930, com o alto índice de desemprego e o surgimento de governos totalitaristas com objetivos militares e expansionistas. Na Alemanha surgiu o Nazismo liderado por Hitler, que defendia a hegemonia da raça ariana e o extermínio dos demais povos, principalmente dos judeus, dos quais acusava de traição e os responsabilizava pela derrota da Alemanha na primeira guerra mundial. A política de Hitler culminou no Holocausto, com a morte de mais de seis milhões de pessoas em campos de concentração e no uso de seres humanos em experimentos médicos e militares. Além disso, em decorrência da guerra, duas cidades japonesas (Hiroshima e Nagasaki) foram devastadas pela explosão de bombas nucleares. Estes dois eventos são considerados por Hannah Arendt como eventos de ruptura onde houve a “banalização do mal”. Com ao término da guerra, os Aliados perceberam a necessidade de punição para o alto comando nazista por crimes de guerra e divido as violações dos Direitos dos seres humanos. Para que isso fosse possível, foi criado um tribunal especial para que os responsáveis pudessem ser julgados. O Tribunal foi sediado em Nuremberg na Alemanha e vinte quatro pessoas que eram consideradas principais responsáveis pela guerra foram julgadas. A legitimidade do Tribunal pode ser questionada, afinal, também ficou conhecido como Tribunal de exceção, já que foi instaurado após a prática dos atos criminosos sendo que os juízes eram justamente os vencedores. E estes mesmos vencedores não foram julgados pelos crimes que cometeram