O Jantar no Hotel Central - resumo
“Para conversarmos, para que vocês se conheçam mais, venham vocês jantar comigo amanhã no Hotel Central.”
O jantar foi, entretanto, adiado, tendo sido convertido “numa festa de cerimónia em honra do Cohen”, onde eram, inicialemente, convidados o Marquês e o Steinbroken. Porém, dada a sua ausência, os convidados são outros: Alencar, Dâmaso e Craft.
O jantar ficou assim marcado para uma Segunda-feira, um jantar que, a pedido de Ega, deveria “ter muita flor, dois ananases para enfeitar a mesa (...)” e que “ um dos prato do menu, qualquer deles, fosse à la Cohen (...) tomates farcies à la Cohen”.
Já no hotel, a mesa é descrita: “com um brilho de cristais e louças, um luxo de camélias em ramos.”
Cohen – “o respeitado diretor do Banco Nacional”, chega atrasado, mas não em último, e, assim que chega, é apresentado a Carlos (um dos objetivos principais, na minha perspetiva, do jantar – apresentar Carlos à alta sociedade). Este é sentado à direita de Ega (o vincar da veneração de Ega por Cohen, por parte do narrador, representa, de alguma forma, o oportunismo, as segundas intenções, a hipocrisia da sociedade portuguesa).
Começa, então, o jantar com ostras.
O primeiro assunto que se aborda à mesa é o crime da Mouraria, onde o narrador, através da voz de Dâmaso, dá início à crónica de costumes (omnipresente neste episódio), apontando o adultério que era omnipresente na sociedade daquela época: “ quando ela era amante do visconde de Ermedinha (...) e o visconde (...) mesmo depois de casado ia vê-la (...)”.
Outro tema surgiu quando Carlos proferiu a palavra romance – a Literatura.
Alencar expressa rapidamente a sua opinião, criticando profundamente o realismo: “essa literatura latrinária”, “o excremento”, representando esta intervenção de Alencar, mais um pretexto para o