O IMPERIALISMO E A ECONOMIA DOS PAÍSES PERIFÉRICOS

O IMPERIALISMO E A ECONOMIA DOS PAÍSES PERIFÉRICOS1

Helen Cristina Silva2
Wallacy Michell Pinheiro de Nazaré3

Resumo
Este artigo pretende abordar, de maneira simples, o fenômeno conhecido como Imperialismo, que tem sua origem no capitalismo.
Desde o século XV, a Europa busca ampliar seus domínios e suas riquezas. À época do mercantilismo, o importante era acumular metais, pois o comércio ainda estava crescendo. A corrida por colônias cresceu já no século XIX, visto que as nações viviam um amplo processo de industrialização e precisavam adquirir novos mercados e novas áreas de investimento.
Os alvos foram os continentes africano e asiático, sendo este último mais tardio e de maneira mais “leve”. O imperialismo desenvolveu-se a pleno vapor na África, que apresentava condições favoráveis aos anseios capitalistas.
Ao longo deste trabalho, faremos uma breve análise do processo imperialista na África e suas consequências para a economia do continente, do final do século XIX até os dias atuais.

Palavras-chave: Imperialismo, economia, capitalismo, África.

1. INTRODUÇÃO
O termo imperialismo vem sendo amplamente utilizado por especialistas desde o século XIX para nomear uma tendência expansionista das nações européias, que necessitavam de novas áreas onde pudessem vender seus produtos, conseguir matérias-prima e investir seu capital excedente. Para melhor entender esse fenômeno, faz-se necessário voltar um pouco no tempo e contextualizar a sociedade européia após a Revolução Industrial.
A Inglaterra foi o berço da Revolução Industrial, pois reunia todas as condições necessárias para seu acontecimento. A indústria têxtil era a mais importante neste primeiro momento, e exportava sua produção para vários países, não só da Europa, mas do mundo inteiro.
Nos primeiros anos de sua plena industrialização, a Inglaterra não possuía concorrentes na busca por mercados. As demais nações européias só iniciaram seu processo de industrialização no século XIX,