O humanimo
Com o surgimento da burguesia e o enfraquecimento do poder dos senhores feudais, inicia-se um período em que as relações comerciais se avolumam: o mercantilismo. O poder passa a centralizar-se nas mãos do Rei, que procura atender aos interesses da classe emergente, pois é ela que concentra agora as riquezas. Assim se expande as fronteiras comerciais, através das navegações ultramarinas e Portugal faz sua primeira conquista em 1415, tomando a região de Ceuta.
Em 1348, a peste negra dizima um terço da população portuguesa gerando, nos anos seguintes, uma considerável escassez de mão-de-obra para as pequenas indústrias artesanais que surgem.
As relações sociais se alteram. Os nobres empobrecem e as pessoas de classes sociais menos favorecidas começam a enriquecer, através do comércio.
A Igreja vai, aos poucos, perdendo seu poder, agravado pelo surgimento de uma divisão interna que leva à existência de dois papas, um na França e outro na Itália. Com isso, o teocentrismo e a religiosidade, marcantes na Idade Média, começam a decrescer. O progresso, as navegações e o predomínio do poder econômico sobre o status da nobreza fazem com que o homem se descubra como senhor de sua própria vida e não como mero reflexo de Deus. Esta visão antropocêntrica (o homem como centro do universo) culmina com o aparecimento do Renascimento, na busca dos ideais clássicos como forma de recuperar a independência do espírito humano.
O HUMANISMO (Panorama Cultural)
O Humanismo foi um movimento cultural que se definiu na Itália, no século XIV, período de transição entre a Idade Média e o Renascimento.
Petrarca foi um dos precursores do Humanismo (1304-1374). De certo modo, Petraca representa um traço de união entre a vida intelectual moderna e a Idade Média.
As produções do Humanismo revelam a passagem do teocentrismo para o antropocentrismo. As pinturas não têm mais como tema único as cenas religiosas, passando a retratar também aspectos