O homem e o objecto
O Homem é a única espécie que cria objectos e com eles o seu próprio ambiente. O que entendemos então por criar?
O processo criativo envolve fundamentalmente duas fases: A primeira fase consiste em imaginar ou antever o objecto. A segunda é da sua produção ou fabrico. Embora a imaginação e o objecto sejam no processo criativo os pontos de partida e de chegada, essa ligação não se faz tão linearmente como pode parecer. Existem retornos e correcções que correspondem á atitude de
“feedback” tão comum e indispensável na elaboração de qualquer projecto. A
ideia de design traduz-se justamente na mais ou menos complexa formulação, verificação e ultimação de projectos com vista á realização de objectos.
Natureza dos objectos
Dá-se genericamente o nome de objectos a todas as formas autónomas ou autonomizáveis que fisicamente povoam o nosso universo.
Estes, resultam da acção do homem sobre materiais com o auxilio de utensílios, instrumentos e máquinas de acordo com um conhecimento tecnológico e um objectivo determinado.
Objecto e função
O homem ao criar um objecto destina-lhe uma função que se situa num universo vasto cujos limites, confinam com a função operativa e do outro com a função simbólica.
Um prego para o primeiro caso e uma imagem religiosa para o segundo. No primeiro exemplo surge-nos como objecto destinado a uma função operativa – ligar duas tábuas com eficiência não nos apercebendo sequer da sua existência depois de pregado.
No segundo depara-se uma função puramente simbólica.
Objecto e Valor
Imaginemos alguém que faz os móveis de sua casa. Estes objectos são propriedade do seu criador e no seu desempenho têm um valor de uso. Se um pintor amigo dessa pessoa lhe pedisse entretanto para lhe fazer uma mobília de quarto em troca de dois quadros, essa mobília e esses quadros passavam a ter além do valor de uso, um valor de troca. O valor de uso está fundamentalmente ligado é função do objecto.