O Homem que virou suco

AS QUESTÕES ABORDADAS EM “O HOMEM QUE VIROU SUCO”

O filme “O homem que virou suco” relata a história de Deraldo, um homem que via nas poesias o seu trabalho, mas para ter suas necessidades atendidas busca emprego em um meio onde a estigma é aplicada de forma ferrenha. Em sua saga é confundido com outro homem chamado Severino, no qual este cometeu homicídio contra o dono de uma grande fábrica.
No filme há a exposição inicial quanto à questão do que é trabalho e o que é emprego. Deraldo é um poeta que não vê como totalmente necessário ter um emprego, visto que menciona o fato de escreve poesias e questionar “o que eu faço não é trabalho?”. Logo após, uma personagem expõe que para ter algo é necessário um emprego que atenda as necessidades de alimentação, moradia e bem-estar da família.
Em passagens seguintes, Deraldo começa em um emprego, contudo é apresentada a forma como os trabalhadores são oprimidos e rebaixos, tratando-os como meras peças de mão de obra. Nessa mesma passagem é visto como alguns trabalhadores que obtém certa promoção acabam por se render ao que lhes é imposto e assim agem da mesma forma como aqueles que os oprimiam no início, assim julgando-se aceitos, contudo não passando de mera peça do meio dominante.
Em dada passagem dos momentos de Deraldo, o mesmo pretere a aceitação e igualdade, porém a estigma de ser nordestino é predominante, taxação não falta. Ocorre então a violência cultural, tal violência que menospreza as crenças, experiências, pensamentos, enfim, a cultura do indivíduo. A humilhação psicológica ante o filme audiovisual tinha a finalidade de mostrar o que é aceito ou não pela sociedade, uma tentativa de desconstruir o indivíduo culturalmente para que este agisse conforme o padrão-básico do meio dominante. Logo é perceptível o forte impacto emocional que causa nos futuros empregados. Com tais situações, Deraldo questiona a submissão de alguns companheiros para com a humilhação imposta, não somente para os que tinham emprego,