O Homem Do Castelo Alto Philip K
É nesse contexto assustador que se desenvolvem os dramas de vários personagens, cujas vidas acabam entrelaçadas pelos ditames do I Ching, o milenar oráculo chinês, e que se descobrem envolvidos em situações além de seu controle.
Considerado por muitos o melhor trabalho de Philip K. Dick, O
Homem do Castelo Alto apresenta uma versão alternativa da história, revelando um olhar crítico e filosófico sob a condição humana. E, antecipando filmes e seriados de sucesso, como Matrix e Lost, levanta a grande questão: “O que é a realidade, afinal?”
Sobre o autor
Três pontos dão a medida do talento de Philip K. Dick. O primeiro é um certo número de qualidades essenciais, como: capacidade de urdir uma intriga e desdobrá-la de maneira complexa, sem afetar a coesão da estrutura; faculdade de construir um ambiente; criação de um diálogo convincente e sempre pertinente; imaginação excepcionalmente desenvolvida. O segundo é a maneira quase alucinatória de dar detalhes referentes a qualquer mundo não real que ele resolva criar. O terceiro é a capacidade de retornar, tantas vezes quantas julgar necessário, a um tema já abordado num livro anterior, que ele sente não ter esgotado, e o resultado mostra que ele tem razão. Seus principais temas cíclicos são: o mundo vazio, ou seja, uma sociedade em que as pessoas importantes são reduzidas a um número ínfimo; o exercício do poder, cujo conceito subjacente parece ser a faculdade de agarrar a oportunidade no vôo, graças à determinação e à malícia; a ilusão substituindo a realidade,