O homem como um ser cultural
O ser humano, não é político, espiritual, trabalhador, social ou qualquer outra coisa, pois ultrapassa os conceitos e definições. Ele não se distingue dos demais seres pela vida social, nem por trabalhar, mas porque, ao trabalhar relaciona-se com outros seres, seus semelhantes. Porque, ao trabalhar, deixa sua marca intencional, no mundo e, portanto produz cultura. Percebe-se no mundo, mas almeja algo além do mundo – daí a dimensão da espiritualidade.
E se fossemos nos interrogando, veríamos que todas essas caracterizações dizem algo de nós, mas não definem o ser humano; não existe um elemento definidor, mas será que há algo ou algum elemento distintivo para caracterizar o ser humano?
Sim. Existe um elemento que nos diferencia dos demais existentes: nossa capacidade de interferir, criar e recriar o mundo. Somos seres culturais. E isso porque as relações sociais e políticas, a espiritualidade e o trabalho resultam de intencionalidades que desenvolvemos a partir dos valores que aprendemos no ambiente em que vivemos. E o tudo que aprendemos e as ações que realizamos formam o conjunto de elementos que caracterizam a cultura, fazendo de nós seres culturais. Pois é nossa capacidade de criar, desenvolver e transformar a cultura que nos distingue dos demais viventes e existentes. Esse é um elemento essencialmente humano. A cultura é nossa marca distintiva.
Mas quais as implicações disso?
A constatação de que somos seres