DO THE EVOLUTION PEARL JAM
Cada consumidor brasileiro descarta meio quilo de lixo eletrônico por ano; na China, é menos da metade
Olhem nas gavetas, nas prateleiras e nos armários: com certeza encontrarão pilhas, baterias, carregadores e telefones celulares. Sem contar partes e peças de computadores, de impressoras, de scanners e de outros equipamentos tecnológicos.
Não se trata de um problema somente seu, caro leitor.
O desenvolvimento tecnológico, que incorporou a mobilidade ao trabalho, ao estudo, ao lazer e às demais relações humanas, tem subprodutos como a redução da privacidade, a invasão da vida pessoal pelas atividades profissionais e os resíduos que se amontoam.
Segundo relatório do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma), cada consumidor brasileiro descarta meio quilo de lixo eletrônico por ano.
Somos os líderes na geração desses resíduos entre os países emergentes. Na China, por exemplo, o descarte por habitante é menos da metade do nosso.
Isso ocorre porque fabricantes e legisladores não se preocuparam em padronizar equipamentos, periféricos nem itens como os carregadores de celulares.
Em agosto, entrará em vigor a Política Nacional de Resíduos Sólidos, criada pela lei nº 12.305, de 2 de agosto de 2010, e regulamentada pelo decreto nº 7.404, de 23 de dezembro do mesmo ano.
Houve avanços inegáveis na legislação, como a exigência da logística reversa, ou seja, o recolhimento, pelas empresas, de produtos descartados.
A lei estipula, no artigo 33, três tipos de instrumentos para funcionamento dessa logística: regulamento, acordo setorial e termos de compromisso.
Embora a regulamentação da lei vá completar dois anos em 2 de agosto próximo, somente no mês passado o Ministério do Meio Ambiente criou Grupos de Trabalho Temáticos (GTT), que subsidiarão acordos setoriais para a coleta dos descartáveis. Medida que, talvez, tenha em vista a conferência do ambiente Rio+20.
Os cinco GTT contemplam as