O homem como ser social
Proposição I – “O ser humano é um ser naturalmente social”
O ser humano é um ser social, desde que nascemos somos inseridos em grupos sociais. Alguns escolhemos, como os amigos, já outros nos são impostos por diferentes maneiras e razões – um exemplo é a família.
O fato de existirem grupos nos quais, desde a infância, o ser humano escolhe estar, prova que este é naturalmente social, pois não há nada que o force a ser membro de tal grupo. Ele se torna membro por necessidade de se integrar a outras pessoas.
A natureza do ser humano de ser social pode ser exemplificada no filme “Náufrago”, que é baseado em uma história real. Chuck Noland, um engenheiro de sistemas da Fedex, um homem social, acostumado a relacionar-se constantemente, se vê isolado numa ilha após um acidente aéreo.
O personagem tem uma vida corrida, atarefada, e numa viagem rotineira, sua vida agitada é interrompida num lugar sem meios de comunicação e sem pessoas com quem se comunicar pessoalmente.
Chuck passa por um “processo inverso de evolução humana”. O homem moderno, acostumado aos mais diversos e complexos meios de comunicação, deve se tornar um selvagem para que possa sobreviver, e assim o faz, porém a obra deixa clara a necessidade de comunicação do ser humano com outros de sua espécie. Com a necessidade de se comunicar, e até mesmo para evitar a loucura, Chuck cria com seu próprio sangue, expressões faciais em uma bola de vôlei remanescente do acidente aéreo, e vê nela um amigo (Wilson), com quem conversa e mantém acesa a esperança de um dia voltar para casa e reencontrar sua amada.
Imagem - Chuck Noland desenha a expressão facial na bola, com o sangue de sua mão machucada.
Se o ser humano não fosse naturalmente social, o personagem do filme poderia viver para sempre sozinho na ilha, pois já havia encontrado meios de sobreviver, mas o que o motivou a “criar” um amigo e a tentar voltar para sua vida anterior, foi seu instinto natural