O homem como ser social para Aristóteles
Biologicamente, o homem nasce pronto, já formado com tudo que precisa para sua existência. Entretanto, para as ciências humanas, o homem se constitui humano nas relações desenvolvidas em sociedade. O tema em discussão nesse estudo é a concepção de homem político para Aristóteles em seu texto A Política, livro I. Como esse pensador entende que o homem se constitui humano é o que pretendemos responder.
Para Aristóteles, o homem não nasce humano. Através da convivência na polis (cidade) e nas relações entre os semelhantes ele se plenifica, e se torna um sujeito integral. Segundo Faria (1994, p. 66), “Aristóteles considera que a vida social é um meio essencial para a realização plena do homem e de sua felicidade”. O homem é um animal social, por isso o agrupamento em sociedade se dá de forma natural. Ele diferencia-se dos outros animais por ser “zôon logikón” (animal racional) capaz de falar e discursar. Fato que permite transcender a natureza. E a realização plena de sua racionalidade se da através da política. Esta, exercida na cidade. (EIDT, 2007, p. 123-124)
Partindo do princípio de que as ciências humanas tratam dos aspectos do indivíduo como ser social, por isso a relevância acadêmica desse estudo está no aprofundamento da questão do desenvolvimento do indivíduo se dar a partir do coletivo. Proporcionando assim, observar o homem na sua totalidade, já que para ser um individuo integral se faz necessária a relação com a sociedade.
Porém, a sociedade atual precisa também refletir sobre a importância da coletividade. Dado que, a ideologia vigente propicia o sentimento de individualismo. Para se viver em sociedade é preciso entender o valor da mesma na formação do ser humano integral e para o pleno desenvolvimento das potencialidades do indivíduo, já que, para Aristóteles, a sociedade precede o indivíduo.
Para tanto, objetivamos com esse trabalho, pesquisar sobre a concepção de homem enquanto ser social para Aristóteles, podendo refletir