O Guarani de José de Alencar (Adaptado) - Peça Teatral

1021 palavras 5 páginas
Peça – O Guarani de José de Alencar

1º Ato - Parte 1

Narrador: Na primeira metade do século XVII, iniciando-se no ano de 1604, chega ao Brasil D. Antônio de Mariz, fidalgo português de cota d’armas e um dos fundadores da cidade do Rio de Janeiro, sua mulher, D. Lauriana, dama paulista de um bom coração; seu filho, D. Diogo de Mariz, que devia mais tarde prosseguir na carreira de seu pai, e lhe sucedeu em todas as honras e forais, ainda moço, na flor da idade, gastava o tempo em correrias e caçadas; sua filha, D. Cecília, que tinha dezoito anos, e era a deusa desse pequeno mundo que ela iluminava com o seu sorriso, e alegrava com o seu gênio travesso e a sua mimosa faceirice; D. Isabel, sua sobrinha, que os companheiros de D. Antônio, embora nada dissessem, suspeitavam ser o fruto dos amores do velho fidalgo por uma índia que havia cativado em uma das suas explorações; D. Álvaro de Sá, chefe dos aventureiros a seus serviços, um jovem nobre apaixonado por Cecília, mas que não tem seu amor retribuído por ela; Loredano, um homem desalmado que abusava da cordialidade de D. Antônio e planejava destruir a família desse e raptar sua filha Cecília; Bento Simões e Rui Soeiro, comparsas de Loredano, e Martim Vaz, o braço-direito de Loredano. É ali na Serra dos Órgãos, às margens do Rio Paquequer, um afluente do Rio Paraíba, que se desenvolve uma grande história de guerra, resistência, fidelidade, morte, devoção e, sobretudo de amor. Um amor entre um índio e uma branca. Um índio de cabelos pretos cortados rentes, os olhos grandes, com os cantos exteriores erguidos para a fronte; a pupila negra, móbil, cintilante; a boca forte, mas bem modelada e guarnecida de dentes alvos, estes davam ao rosto pouco oval a beleza inculta da graça, da força e da inteligência, índio aimoré cujo nome era Peri, e a branca de grandes olhos azuis, lábios vermelhos e úmidos, parecia uma flor da gardênia dos nossos campos orvalhada pelo sereno da noite, a filha de D. Antônio, Cecília.
Cena 1

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