O governo de Jo o Goulart
As forças armadas se assustaram com a possibilidade de Jango ocupar o cargo de presidente da república, pois o associavam ao comunismo. Houve manifestações contra Jango, mas sua posse foi assegurada com base na Constituição Brasileira de 1946.
Houve certo desrespeito à constituição quando o Congresso Nacional nomeou o então presidente da Câmara, Ranieri Mazzilli, como presidente provisório da República, pois Jango ainda estava retornando da China a caminho do Brasil. Leonel Brizola, cunhado de Jango, iniciou uma campanha pedindo a posse imediata de Jango como presidente.
Devido às manifestações contra sua posse, Jango retardou sua volta ao Brasil, passando primeiro pelos EUA, tentando deixar claro que não iria implantar o socialismo no Brasil.
Sem força política para impedir a posse de Jango, o Congresso Nacional adotou uma segunda medida inconstitucional, pensando que a melhor decisão seria implantar, sem a aprovação de Goulart, um novo regime parlamentarista no país.
A intensão dos congressistas era diminuir o impacto da crise política e submeter o presidente à direção do Congresso. Jango assumiu a presidência em 7 de setembro de 1961, com seus poderes limitados pelo Conselho de Ministros.
Preocupado com a possibilidade de uma Guerra Civil, Jango aceitou a mudança proposta. Porém ficou previsto um plebiscito para decidir sobre o futuro do regime.
Mesmo com poderes limitados, Jango iniciou um plano de governo que ficou conhecido como Plano Trienal. Seu objetivo era combater a inflação, reduzir o déficit público e promover o crescimento econômico do país. Para isso foram tomadas algumas medidas, como a desvalorização da moeda e a redução das importações.
Jango passou a articular a realização do plebiscito e a defender que seria conveniente à todos o retorno ao presidencialismo, conquistando a opinião pública. Assim, em 6 de janeiro de 1963, a população votou pelo retorno do sistema presidencialista.