O governo de Jango ( João Goulart 1961-1964)
Essa associação entre o comunismo e João Goulart chegou a um ponto ainda mais grave quando o vice-presidente, na ocasião da renúncia, se encontrava em missão diplomática na China comunista. Em meio toda essa tensão, alguns militares tentaram impedir a posse de João Goulart pedindo ao Congresso Nacional que o presidente da Câmara, Rainieri Mazzilli, se tornasse presidente até a convocação de novas eleições presidenciais.
No entanto, a possibilidade de impedimento não era bem vista por todos os políticos e militares daquela época. Em oposição aos golpistas, formou-se um grupo de defensores da legalidade institucional que foram a público lutar pela homologação do cargo de João Goulart. Enquanto essas movimentações tomavam conta da nação, João Goulart decidiu estender sua viagem diplomática para os Estados Unidos, tentando assim amenizar sua pecha de comunista.
Percebendo a falta de uma unidade capaz de impedir a posse de Jango, o Congresso Nacional decidiu impor uma medida inconstitucional que instalava o regime parlamentarista no país. Com esta manobra, os poderes do novo presidente seriam limitados pela figura intermediária de um primeiro-ministro. Foi desta forma então que, em setembro de 1961, o ”temível” João Goulart se tornou o mais novo presidente da República.
Nesse meio tempo, entre 1961 e 1963, o poder político esteve diluído em uma estranha configuração política que atrapalhava a resolução dos problemas sociais e econômicos que tomava o país. Contudo, a mesma emenda que instaurava o parlamentarismo continha um outro item que assegurava a realização de um plebiscito onde