O germinal
O filme roda em torno da vida dos trabalhadores de uma mineradora, em foco a família de Maheu, um trabalhador responsável que convive com este cenário desde criança. Quando um belga lhe pede emprego, Maheu lhe arranja por estar precisando de algum que o ajude a cumprir os prazos já que um de seus companheiros de trabalho morre. Esse belga chamado de Etienne é um homem engajado na luta trabalhista, e observando as condições de vida ele resolve organizar os trabalhadores para uma greve em busca de melhorias. Um fato interessante é que eles citam Karl Marx no filme, quando estão decidindo sobre a adesão a greve, falando que Marx dizia sobre a tentativa de diálogo entre as classes. Após cortes feitos no salário, os trabalhadores resolvem aderir a greve. O filme retrata essa parte de forma bem animalesca, onde mostra toda a indignação e brutalidade dos trabalhadores, e ao mesmo tempo o descaso dos senhores para com isso, mostrando a indiferença desses planejando o casamento de seus familiares. Após muita luta e a morte de um dos lideres (Maheu) o movimento grevista perde sua força e os trabalhadores voltam para a fábrica.
Com esse breve resumo sobre a historia do filme podemos fazer várias analises sobre a condição trabalhista. Primeiro ponto qual chama bastante atenção é quando já na primeira cena do filme podemos ver como o trabalhador era explorado. Primeiramente pode-se ver que eles estão trabalhando de noite, o que já nos permite perceber a extensa carga horária de trabalho, o que aparece no texto “o nascimento das fábricas” de Edgar Salvadori como tempo útil (tempo trabalhado que vai de lucro para o patrão). Segundo vemos