"O garoto" de Charles Chaplin e sua relação com Instituições Socias
WALTER GABRIEL NEVES CRUZ
"O GAROTO" E A SUA RELAÇÃO COM AS INSTITUIÇÕES SOCIAS
Análise cinematográfica requisitada pela professora Elaine Souza como condição de aprovação parcial na disciplina de Sociologia no Curso Técnico de Química do IFBA
Salvador, 2014
Introdução
No filme “O Garoto” 1, um bebê é abandonado pela mãe após a mesma achar que não terá condições de cria-lo bem. Desesperada, ela deixa o recém-nascido num carro de luxo – pensando que assim estará dando uma boa vida ao menino – porém o carro é roubado e os ladrões abandonam o bebê na rua. Assim, o vagabundo (Charles Chaplin) o encontra e cria, começando a desenvolver um amor cada vez mais crescente com o bebê. Ao longo de cinco anos, o garoto e o vagabundo dedicaram-se um para o outro na luta pela sobrevivência e, mesmo nessa dedicação, no jeito do mais velho cuidar da higiene do garoto, é difícil não comparar o lustre que ele dá na pele do garoto com um banho carinhoso que uma mãe dá no seu filho.
A Instituição Social Família
Pensando deste modo, o vagabundo e o garoto constituem uma instituição familiar onde eles não estão ligados por laços biológicos e sim por afetivos, impulsionados pela vontade de sobreviver. Pode-se deduzir que é uma família de caráter monoparental e alternativa, pois há uma adoção por parte do personagem de Chaplin.
Apesar do pequeno garoto e o vagabundo infringirem a lei (do estado quando se quebram as janelas - e da família quando o vagabundo seduz uma mulher que é monogâmica), a relação social presente na vida de ambos é de companheirismo e compaixão, onde um cuida do outro e o menino demonstra ter maturidade a ponto de cozinhar e mandar o “pai” comer.
Na obra, vemos uma profunda crítica ao funcionalismo, quando a organização das relações se adequam cada vez mais as necessidades de reprodução do Capital. Isso ocorre de modo explícito quando a figura do médico e dos oficiais de justiça, que ideologicamente