o futuro é engenhoso
Retomada de investimentos em infraestrutura e pressão por inovação tecnológico nas empresas faz explodir demanda por engenheiros.
KATIA SIMÕES
CARIN PETTI
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
Houve um tempo em que após se formar os engenheiros eram chamados de suco-caso, que ficou famoso nos anos de 1980, por falta de perspectiva na sua área.
Nos tempos de hoje, após três décadas a realidade é outra e não falta emprego, diz José Tadeu da Silva, presidente do Confea (Conselho Federal de Engenharia e Agronomia). No futuro, o cenário será mais otimista, cerca 40 mil engenheiros serão formados por ano, porém não vai ser suficientes, isso porque uma demanda de 300 mil profissionais que serão necessários para obras e investimentos nos próximos anos, como Copa do Mundo, Olimpíadas, Pac e do petróleo do pré-sal.
Mas não é só a retomada de investimentos em infraestrutura que aquece o setor, segundo James Wright coordenador da FIA (Fundação Instituto de Administração).
Com isso sobra trabalho e faltam profissionais em dia com exigências tecnológicas do mercado.’’ Depois de duas décadas perdidas, sem investimentos, grande dos engenheiros migrou para outras áreas, como o mercado financeiro “, afirma Guilherme Melo, diretor de engenharias, ciências exatas, humanas e sociais do CNPq (Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico Tecnológico).
Para completar,” algo entre 40 e 50 % dos alunos abandona o curso, que é longo e difícil “, afirma Melo. E para os que consegue se formar, tem ótimas ofertas de remuneração que tem piso salarial de R$ 5.600 mil.
Com boas perspectivas de crescimento, começa a ressurgir o interesse pela a carreira, ocurso de engenharia civil neste ano da USP São Carlos desbancou o de medicina no primeiro lugar de cursos mais concorridos da Fuvest, com 52,27 candidatos por vaga, já em 2010 era 26,78 o curso era o nono mais disputado. O ano passado, 38.148 novos engenheiros chegaram ao mercado, 172% a mais que 2002, segundo os