o Fracasso escolar e a relação entre “educação, saber e poder”:
O poder da classe dominante também tende a criar mecanismos de perpetuação da dicotomia entre ricos e pobres, fazendo com que ricos alcancem os últimos níveis de estudo, enquanto os pobres desistam pelo caminho, tornando-os mão de obra barata para alimentação do sistema de capital.
O grande desafio de um ensino crítico é desarticular os discursos de poder feitos para a perpetuação do ciclo que qualifica tudo aquilo que está em concordância com a classe dominante e desqualifica tudo que não está. Acredito que mostrar as intenções por trás de tais discursos é um começo para qualificar os menos favorecidos e diminuir o fracasso escolar.
A educação está intimamente ligada ao sistema dominante da sociedade, influenciando o conteúdo e a forma aos quais os saberes são transmitidos aos alunos. Nota-se que esses saberes, moldados pelo poder da classe dominante, tende a ser recebido bem pelos alunos que estão inseridos nas classes privilegiadas da sociedade e inversamente se torna um problema para a educação dos menos favorecidos. Estes costumam se encontrar sem instrumentos e recursos que possam disputar com os favorecidos, tornando a escola um local distante de sua realidade. Além disso, o aluno pobre costuma