o fim da filosofia
O século XIX é, na filosofia, o grande século da descoberta da história ou da historicidade do homem, da sociedade, das ciências e das artes.
A visão progressista da humanidade foi também desenvolvida pelo filósofo Auguste Comte, que atribuía o progresso ao desenvolvimento das ciências.“saber para prever, prever para prover”
No séc. XX a ideia de progresso passou a ser questionada, pois servia de desculpa para legitimar colonialismos e imperialismos.
O MAIS adiantado – dominando os menos adiantados (atrasados).“Passa-se também a criticar também a ideia de progresso das ciências e das técnicas, mostrando-se que, em cada época histórica e para cada sociedade, os conhecimentos e as práticas possuem sentido e valor próprios, levando em conta cada sociedade e sua historicidade”.
As ciências e as técnicas
No século XIX, entusiasmada com as ciências e as técnicas, bem como com a Segunda Revolução Industrial, a filosofia afirmava a confiança plena e total no saber científico e na tecnologia para dominar e controlar a natureza, a sociedade e os indivíduos. (…)
No século XX, contudo, a filosofia passou a desconfiar do otimismo científico-tecnológico do século anterior em virtude de vários acontecimentos: as duas guerras mundiais, o bombardeio de Hiroshima e Nagasaki,os campos de concentração nazistas e stalinistas, as guerras da Coreia, do Vietnã, do Oriente Médio, do Afeganistão, as invasões russas da Hungria e da Tchecoslováquia, as ditaduras sangrentas da América Latina e da África, a devastação de mares, florestas e terras, a poluição do ar, os perigos cancerígenos de alimentos e remédios, o aumento de distúrbios e sofrimentos mentais, os problemas éticos e políticos surgidos com o desenvolvimento da engenharia genética, etc.
Além disso, as ciências e técnicas foram incorporadas a grandes complexos industriais e militares que financiam as pesquisas e definem o que deve ser pesquisado e como serão utilizados os resultados. O chamado “complexo