O feminino e seus arquétipos em canções buarqueanas
Maria Aparecida de Assis Teles Santos1 e-mail: cidateles.assis@hotmail.com
Orientador: Dr, Jorge Alves Santana e-mail: jasantana1@uol.com.br
RESUMO
Este trabalho consiste numa tentativa de análise do eu-lírico feminino presente em cinco canções de Chico Buarque de Hollanda, buscando compreender essa construção, haja vista, ser quase maioria consensual ouvir que Chico Buarque seja um compositor que entende “a alma feminina”. Essa opinião quase unânime não deixa de ser sintomática, pois marca a concordância, de homens e mulheres, com os procedimentos de compreensão da mulher por meio de algumas idEias-clichês, que perpassam a literatura do ocidente ao oriente, e que perpassam também discursos machistas e misóginos. Para compreender como isso ocorre, construir-se-á um percurso que permita entender a construção da subjetividade desse feminino, bem como identificar os vários arquétipos que sustentam tal construção e também, as representações das relações de gênero estabelecidas pelas canções que servirão como objeto de análise. A fim de respaldar essa trajetória, faz-se necessária uma incursão em outras áreas de conhecimento, não só na Literatura, mas também na Psicanálise, na Filosofia, na Semiótica, na Antropologia e na Ecocrítica.
Palavras-chave: eu-lírico, feminino, subjetividade, arquétipos, gênero.
ECOCRÍTICA
A Ecocrítica é o estudo das relações entre a literatura e o meio ambiente, segundo Cheryll Glotfelty na introdução do livro “The ecocriticism reader”, que é até o momento, a obra mais completa sobre a matéria.
Ecosofia é como denomina Guattari (2004) à articulação ético-política entre os três registros ecológicos: o do meio ambiente, o das relações sociais e o da subjetividade humana. ARQUÉTIPO
É uma forma de pensamento universal (ideia) aliada a