O fator china
O mundo acompanha com bastante interesse o desempenho da China, um polo de desenvolvimento que começa a rivalizar com a hegemonia norte-americana. Os outros três países que formam o BRIC são promissores, mas distantes do fenômeno chinês. Qual a explicação para este cenário?
A China exige 18 documentos para que um estrangeiro abra uma empresa e faz o investidor esperar 99 dias, alcançando um índice de facilidade do país é de 63,7 pontos em uma escala de 0 a 100. Um índice maior que no Brasil, e assim como o mesmo, perde com a burocracia, agravada ainda mais com a crise de 2008, fazendo o governo a adotar regimes protecionistas para suas próprias empresas em desfavor das estrangeiras.
Peca também nas relações de trabalho, apesar dos avanços no campo econômico, ainda está no início da Revolução Industrial, em termos de direitos trabalhistas, em um modelo de governo ditatorial que não permite liberdade sindical, com ampla mão de obra extremamente barata, temos bons motivos para as principais empresas de manufatura e montagem estarem instalados em fabricas que colocam seus funcionários em situações degradantes. Empresas ocidentais e orientais migram seus centros de montagem para a China, e cada vez mais a mídia começa a se preocupar e mostrar os casos preocupantes de suicídios, torturas entre outros problemas que levam empregados a situações alarmantes, tudo para ter seu sustento que não garante nem mesmo os direitos básicos de um ser humano. Com isso, as empresas estão abrindo o olho para o quanto tais acontecimentos negativos podem prejudicar a imagem, transformando os em cúmplices da situação, aos poucos isso está melhorando, só não sabemos quantos trabalhadores ainda morreram lutando por seus direitos.
Há corrupção é um problema de grandes proporções que afeta a confiança dos investidores, a fraude, o suborno e as apropriações são práticas comuns em níveis diferentes e em vários setores da sociedade, mas não são