O falso conflito entre atividade física e asma
O indivíduo portador de asma brônquica geralmente vive em precárias condições físicas porque sente-se limitado para a prática ou, no caso de crianças asmáticas, são superprotegidas pelos pais e privadas de atividades. Muitas crianças são, até mesmo, dispensadas das aulas de educação física.
Entretanto, existe a possibilidade destes indivíduos receberem os
benefícios das atividades físicas através da ginástica respiratória e natação. Ao contrário do que se imagina, a atividade física, quando bem controlada, pode diminuir o número e a intensidade das crises de asma.
Os profissionais de educação física precisam conhecer esta modalidade, para que possam auxiliar cada vez mais os portadores de asma brônquica.
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IINTRODUÇÃO
urante certo tempo a atividade física foi negligenciada e até mesmo negada, nas escolas, a portadores de asma (Goldman et al,
1966).
Ainda hoje encontramos médicos que dispensam crianças asmáticas destas aulas. Isto pode ser compreendido de duas formas, por um lado o receio de que o profissional de educação física não saiba lidar com o asmático, por outro a crença de que a atividade física possa prejudicar o asmático portador de AIE (asma induzida por exercício). A asma-brônquica é uma síndrome do aparelho respiratório causada por inúmeros fatores, dos quais o componente alérgico parece ser o mais comum (por exemplo: pó, mofo, cheiros fortes, pelos e penas, etc.). Os indivíduos que possuem um fator hereditário estão sujeitos a uma crise asmática em qualquer época da vida, sendo que as crises são mais freqüentes na infância.
D
Uma crise é definida como uma hiper-reatividade traqueo-brônquica de caráter reversível, ou seja, acomete o indivíduo que passa a apresentar um quadro de tosse, sibilos (chiado) e dispnéia. Geralmente ela desaparece após 3 a 5 dias (Cecil, 1984).
Normalmente, a tosse