O estilo barroco
A arte barroca caracteriza-se pelo movimento, pelo dramatismo e pelo exagero, tornando-se o reflexo dos conflitos dualistas entre o terreno e o celestial, o homem (antropocentrismo) e Deus (teocentrismo), o pecado e o perdão, ou seja, na arte barroca a emoção e a razão convivem de certa forma juntas.
O Rococó pode ser considerado um exagero do estilo barroco, ou melhor, um desdobramento do mesmo, sendo denominado, a princípio, apenas como um estilo decorativo representado por conchas, laços e flores. Ele consiste no uso abundante de formas curvas, possuindo leveza, caráter bizarro e chocante, elegância e exuberância.
Diferentemente do barroco, o rococó possui tonalidades claras e luminosas ao se tratar das pinturas, deixando de lado os contrastes radicais entre claro e escuro. Já na arquitetura, ele converte as cores vivas em tons pastéis, a luz inunda os interiores por meio de numerosas janelas e as texturas dos relevos passam a ser suaves, ganhando leveza e graça. Mas o uso de colunas, frisos, frontões, arcos e cúpulas permaneceram como legado do barroco, que tinha como característica, na arquitetura, o uso da decoração composta por baixos-relevos, pinturas, mosaicos, mármores e talha dourada. Ao contrário do que ocorreu na arquitetura, na forma de esculpir, não é possível traçar uma clara linha divisória entre o barroco e o rococó, que por sua vez, são caracterizados pelo movimento, pela expressão de sentimentos fortes (dor, sofrimento, paixão) e pelo grande exagero das formas.
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In Ictu Oculi (“num piscar de olhos”) - 1670/ 1972 - Juan de Valdés Leal
O título da obra significa "num piscar de