O estado moderno, a análise econômica e o mercantilismo.
A constante tensão entre a população camponesa e a aristocracia feudal, tornava o recrutamento militar popular arriscado, surgindo a necessidade de uma força militar formada por forças mercenárias, as quais seriam remuneradas com metais preciosos, esses derivados da cobrança e coleta de impostos realizado pelo sistema centralizado de arrecadação, um novo “departamento” do estado. Consequentemente, surge a necessidade da organização dessas finanças e a fiscalização das operações, surgindo assim a burocracia. Dessa forma, pode se constatar a criação dos três pilares do Estado Moderno: a força militar, os sistemas centralizados de arrecadação, e a burocracia.
Com o Estado Moderno a influência dos valores inspirados na moralidade cristã sobre a vida econômica começa a ser ameaçada. A visão economia a partir desse momento passa a ser: o poder do Estado está totalmente ligado à riqueza do reino. Sendo assim, quanto mais rico o reino, maior a sua influência nas relações de poder com outros Estados, e nos fluxos comerciais e monetários. Luís Ortiz, na obra Para que a moeda não saia do reino, de 1558, defendia um conjunto de medidas visando garantir o acúmulo de metais preciosos, simultaneamente a esse período está o ocorrendo a Revolução dos Preços do século XVI, cuja elevação dos preços das mercadorias devia-se principalmente ao fato de a abundância de ouro e prata em determinado país, pois com o aumento da moeda no mercado (ouro e prata em